Diário Da Minha Vida

Este blog pertence a uma jovem recém-licenciada em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra. Através deste blog vou transmitir aquilo que sinto, aquilo que escrevo, notícias sobre a minha maravilhosa cidade, os "meus" poemas e imagens, aqueles momentos em que me sinto profundamente triste, aqueles momentos de extrema euforia e alegria. Enfim... a minha vida tal qual como ela é! imagenspoemas@gmail.com

domingo, março 26, 2006

Que tristeza!


Mondego “comeu” margem do Parque Verde

Força das águas do Mondego rebentou com aterro que suportava os pilares da ponte pedonal e destruiu parte da margem do Parque Verde. Protecção civil cortou, com concordância de comerciantes, o acesso às esplanadas dos bares concessionados.

Quem ontem escolheu o Parque Verde para passear teve oportunidade de assistir a um verdadeiro cenário de destruição. O aterro que suportava os pilares da nova ponte pedonal sobre o Mondego não aguentou a força das águas do rio e rebentou, durante a madrugada de ontem, destruindo parte da margem direita, no Parque Verde, e danificando o primeiro lance de esplanadas dos quatro espaços comerciais que funcionam naquela zona.
João Rebelo adiantou ao Diário de Coimbra que nada fazia prever esta situação, até porque sexta-feira à noite, de acordo com informações dos trabalhadores da obra, «tudo estava normal». Mas Vítor Leite, segundo mestre do barco “Basófias”, garante que o que aconteceu ontem com as águas do Mondego «era mais que previsível».«Nós avisámos muitas vezes os engenheiros da obra. Nunca ninguém me deu ouvidos», lamentou quem está mais que habituado a navegar no Mondego e conhece a força destruidora das águas de um rio, «especialmente quando não as deixam correr», desabafou.
Tudo indica que o caudal do Mondego tenha aumentado devido à chuva que tem caído mais intensamente nos últimos dias que, consequentemente, obriga também a um aumento das descargas na Barragem da Aguieira e do caudal do rio Ceira. Vítor Leite diz que, inicialmente, «a água ainda corria por uma abertura» deixada junto à margem esquerda, mas que ultimamente «taparam tudo». «É incompreensível. Nem na Ponte Vasco da Gama taparam o rio todo, como é que fazem uma coisa destas numa ponte como esta?», questionou.

Destruição detectada de manhã

Foi Vítor Leite quem ontem, eram cerca das oito da manhã, se deparou com o cenário de «destruição» e que contactou a Protecção Civil que, de imediato, com a concordância dos responsáveis pelos quatro espaços comerciais do Parque Verde, interditou o acesso às esplanadas, construídas sobre o rio. Ao final da tarde de ontem o perigo de destruição do primeiro lance de esplanadas era visível e iminente, uma vez que os pilares assentes no rio se foram destruindo, ameaçando arrancar a esplanada a qualquer momento.De manhã, a força da água ainda não tinha feito estragos, mas ao início da tarde, a corrente descontrolada do Mondego já tinha “comido” a margem do Parque Verde, entre a ponte pedonal e as esplanadas, levando o paredão, as pedras do passeio e muita terra e relva.
«Já lá vão mais de cinco metros e, se não controlam isto, vai o resto», garantia Vítor Leite, atento aos trabalhos que já decorriam na ponte pedonal. A ele juntaram-se muitos outros curiosos, alguns até munidos de binóculos que, admirados com a forte corrente do rio e com as movimentações da obra, tentavam encontrar as melhores explicações para o sucedido. «Está aqui uma coisa esperta», comentava um casal, olhando para a ponte.Na obra estiveram, grande parte da tarde, uma equipa de fiscalização do Polis, assim como o projectista e trabalhadores da empresa responsável pela obra que, chamados de emergência, tentavam, com a ajuda de uma retroescavadora giratória desviar a corrente do Mondego para longe da margem direita e encontrar a melhor solução para a segurança da obra, mas também do Parque Verde. O vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Horácio Pina Prata, também esteve no local «para acompanhar o processo e prevenir alguma eventualidade», explicou ao Diário de Coimbra.

Aterro devia ter sido tirado até ao dia 22

Foi, no entanto, o vereador João Rebelo, representante da autarquia no Polis, quem explicou o que já todos tinham percebido. «Houve um aumento do caudal do rio que levou ao rebentamento daquela zona», adiantou ao nosso Jornal. «A chuva tem sido muita, a barragem começou a despejar mais água e há ainda o rio Ceira», continuou o vereador para justificar o «aumento da velocidade» da água e as consequências que daí resultaram para o Parque Verde e para os espaços comerciais ali concessionados.Embora não se encontrasse no local, o vereador confirmou os prejuízos no Parque Verde e admitiu que há ali «aspectos que têm de ser reparados» pela empresa responsável pela obra. Até porque, continuou, o aterro que suporta, desde 14 de Janeiro, a toda a largura do Mondego, os pilares da ponte «estava previsto ser tirado até ao dia 22 deste mês». Há três dias, portanto, o que não aconteceu.Ontem, depois da devastação provocada pelas águas, técnicos, fiscais, projectistas e responsáveis avaliavam a possibilidade de «retirar o aterro» sem que isso ponha em perigo a obra. Ao final da tarde, sempre sob o olhar atento de muitos cidadãos que chegavam ao Parque Verde, já quatro camiões e duas retroescavadoras tentavam retirar grande parte do aterro e “estancar” a acção das águas do Mondego sobre a margem direita, nomeadamente sobre as esplanadas. Isto enquanto trabalhadores da empresa responsável pela obra retiravam, em braços, todos os materiais colocados junto aos pilares da nova ponte.

1 Comentários:

  • Às 7:10 da tarde , Blogger GK disse...

    E eu estive lá no Sábado a ver os "trabalhos"... O meu gajo jurava a pés juntos que a ponte ia cair... LOL

    Bj.

     

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